terça-feira, 12 de julho de 2011

36. Por que a baixa da função da tireóide causa perda da memória?
  • No hipotireoidísmo todas as funções cerebrais estão lentificadas. Perda de iniciativa e déficit de memória são comuns. Demência em pacientes idosos pode ser confundida com demência senil. Hipóxia cerebral devido a uma diminuição do fluxo sangüíneo cerebral pode predispor a estados confusionais.
  • Como as funções orgânicas ficam mais lentas, confundindo com quadros de depressão, devemos descartar esta hipótese.
37. Qual a causa mais comum de hipotireoidismo?
  • A causa mais comum de hipotireoidismo permanente é uma condição auto-imune crônica, a tireoidite de Hashimoto. Altas concentrações de anticorpo anti-peroxidase tireoidiana (anti-TPO) podem estar presentes em até 95% dos doentes e facilitam o diagnóstico.
  • A dosagem dos anticorpos anti-peroxidase são especialmente úteis para prever a evolução do hipotireoidismo subclínico para o hipotireoidismo clínico. O risco anual de desenvolver hipotireoidismo clínico após os 20 anos é de 43% em mulheres com aumento do TSH e anticorpo anti-peroxidase tireoidiana (anti-TPO) presente e 2,6% em mulheres com HTS sem anti-TPO.
38. A tireoidite de Hashimoto pode atacar o cérebro?
  • Sim a encefalopatia associada a tireoidite de Hashimoto pode manifestar-se como uma síndrome de crises recorrentes (períodos de melhora e piora expontaneamente) com alterações leves da memória, ou como um distúrbio de demenciação flutuante com psicose e convulsões. As mulheres são mais afetadas que os homens. Os anticorpos antitireoperoxidase e antitireoglobulina relacionam-se casualmente à encefalopatia. Atualmente não existe um marcador definitivo para a encefalopatia de Hashimoto.
39. Tratando os distúrbios da tireóide melhora a memória?
  • Sim, a reposição do hormônio da tireóide, nos casos de sua deficiência, melhora a função da memória. Nos casos que os hormônios estão nos níveis normais deve procurar os possíveis causas para a explicar a falta de memória.
40. Como tratamos o hipotireoidismo?
  • O tratamento é a reposição do hormônio tireoideano, a L-tiroxina, com doses baixas, aumentando gradativamente, 12,5 a 25mcg por dia, tomado em jejum.
  • Controla-se a eficácia da medicação com dosagem periódicas (1 a 3 meses) do TSH, e verifica-se as possíveis reações adversas com exame de hematológico completo (uso prolongado pode ocasionar leucopenia). Deve-se tomar cuidado com a reposição hormonal excessiva, pois o risco de fibrilação atrial em idosos é 3 vezes mais freqüentes nos casos de hipertireoidismo iatrogênicos.

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