Hipotireoidismo é nome da doença que ocorre pela mal funcionamento da tireóide. Entenda o que é tireoidite de Hashimoto e como diagnosticá-la.
Antes, sugiro a leitura do texto DOENÇAS E SINTOMAS DA TIREÓIDE para um melhor entendimento deste artigo.
- Se está a procura de informação sobre hipertireoidismo, leia: HIPERTIREOIDISMO E DOENÇA DE GRAVES
- Se quer ler sobre nódulos de tireóide, veja: NÓDULO DE TIREÓIDE | Diagnóstico e como diferenciá-lo do câncer
Hipotireoidismo é o nome que se dá quando a glândula tiróide produz uma quantidade insuficiente dos seus hormônios.
Antes, uma rápida explicação de como funciona a tireóide. É um mecanismo extremamente simples, mas com nomes complicados.
A tireóide produz 2 hormônios que controlam nosso metabolismo, chamados de T3 e T4.
A glândula pituitária ou hipófise, localizada na base do cérebro, controla o grau de funcionamento da tiróide através de um hormônio chamado TSH (em inglês, Hormônio Estimulador da Tireóide).
Quando existe pouco hormônio tireoidiano circulante, a hipófise aumenta a secreção de TSH, estimulando uma maior produção de T3 e T4 pela tireóide. Quando existe muito hormônio circulante, ela diminui a secreção de TSH, desestimulando a tireóide a produzir T3 e T4. Assim, o organismo consegue manter seu metabolismo em um nível ideal.
Antes, sugiro a leitura do texto DOENÇAS E SINTOMAS DA TIREÓIDE para um melhor entendimento deste artigo.
- Se está a procura de informação sobre hipertireoidismo, leia: HIPERTIREOIDISMO E DOENÇA DE GRAVES
- Se quer ler sobre nódulos de tireóide, veja: NÓDULO DE TIREÓIDE | Diagnóstico e como diferenciá-lo do câncer
Hipotireoidismo é o nome que se dá quando a glândula tiróide produz uma quantidade insuficiente dos seus hormônios.
Antes, uma rápida explicação de como funciona a tireóide. É um mecanismo extremamente simples, mas com nomes complicados.
A tireóide produz 2 hormônios que controlam nosso metabolismo, chamados de T3 e T4.
A glândula pituitária ou hipófise, localizada na base do cérebro, controla o grau de funcionamento da tiróide através de um hormônio chamado TSH (em inglês, Hormônio Estimulador da Tireóide).
Quando existe pouco hormônio tireoidiano circulante, a hipófise aumenta a secreção de TSH, estimulando uma maior produção de T3 e T4 pela tireóide. Quando existe muito hormônio circulante, ela diminui a secreção de TSH, desestimulando a tireóide a produzir T3 e T4. Assim, o organismo consegue manter seu metabolismo em um nível ideal.
Funcionamento da tireóide - Clique para ampliar |
A distinção é muito fácil através do doseamento dos TSH e T4 no sangue. Quando a tiróide tem um problema e começa a produzir pouco hormônio, a hipófise aumenta progressivamente sua produção de TSH para tentar contornar esse déficit. Então, no hipotireoidismo primário encontramos o TSH elevado e o T4 baixo.
Agora, se o problema for central, na hipófise, encontraremos um TSH baixo por falta de secreção, e um T4 também baixo por falta de estímulo para sua produção.
99% dos casos são de origem primária. As 2 principais causas são a tireoidite de Hashimoto e remoção cirúrgica (tireoidectomia) ou irradiação da glândula tireóide para tratar outras doenças como hipertireoidismo e câncer.
TIREOIDITE DE HASHIMOTO
O Hashimoto é uma doença auto-imune, com destruição da glândula pelos nossos próprios anticorpos. É 7x mais comum nas mulheres e apresenta uma clara relação familiar. O processo é lento e silencioso nos primeiros anos.
Ocorre da seguinte maneira:
Surgem os anticorpos que começam a atacar a glândula. Conforme as células da tiróide vão sendo destruídas, os níveis de T4 e T3 vão caindo. Neste momento, a hipófise aumenta a secreção de TSH estimulando as células ainda sadias a aumentar sua produção. Normaliza-se o T3 e T4 às custas de um TSH mais alto.
Nesta fase o paciente não apresenta sintomas, mas nas análises de sangue já conseguimos detectar um TSH mais alto que o normal. É a fase de hipotireoidismo subclínico. Conforme mais células vão morrendo, mais TSH vai sendo secretado, até o ponto que as células remanescentes são tão poucas que já não conseguem mais produzir o T3 e T4 necessários para manter um nível sanguíneo desejado. Começam a surgir os sintomas do hipotireoidismo.
E quais são estes?
- Bócio
- Astenia
- Pele seca
- Dor nas articulações
- Síndrome do túnel do carpo (leia: SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO | Sintomas e tratamento)
- Constipação intestinal (prisão de ventre)
- Aumento do colesterol (leia: COLESTEROL BOM (HDL) | COLESTEROL RUIM (LDL) | TRIGLICERÍDEOS)
- Alterações da menstruação
- Ganho de peso
- Intolerância ao frio
- Perda de cabelo
- Letargia
- Edemas (Inchaços)
- Em casos graves e não tratados: Coma
O hipotireoidismo leva a ganho de peso, mas NÃO É CAUSA DE OBESIDADE. É muito comum as pessoas justificarem sua obesidade pelo hipotireoidismo, quando na verdade essa condição leva ao ganho de apenas poucos quilos, no máximo 5 ou 6, e boa parte é por retenção de líquidos e não por ganho de gordura.
Ninguém ganha peso suficiente para ficar obeso só porque está com esta doença. A obesidade só ocorre naqueles pacientes que já se encontravam em situação de sobrepeso anteriormente.
O hipotireoidismo causado pela remoção ou irradiação da tireóide apresenta os mesmos sintomas do Hashimoto, com a diferença que seu início é abrupto e não progressivo.
Em crianças o hipotireoidismo leva a um quadro de baixo crescimento e retardo mental chamado de cretinismo ( daí a origem da palavra cretino). Os hormônios tireoidianos são essenciais para o desenvolvimento do cérebro.
Outra causa de hipotireoidismo é a carência de iodo, substância necessária para produção dos hormônios. Hoje existe suplementação de iodo no sal de cozinha e por isso, esse tipo de hipotireoidismo é mais raro nas áreas urbanas.
Diagnóstico do hipotireoidismo
O diagnóstico é feito com a dosagem de TSH, T4 livre e dos anticorpos contra tiróide (anti-TPO e anti-tireoglobulina).
Em geral, damos o diagnóstico de hipotireoidismo nos pacientes sintomáticos com TSH maior que 4 mU/L. Existe ainda o grupo que cai na definição de hipotireoidismo subclínico, ou seja, TSH maior que 4 mU/L, mas sem sintomas clínicos.
Neste último caso, o tratamento só é necessário caso o paciente tenha colesterol elevado, TSH maior que 10 mU/L, caso a paciente esteja grávida, ou se tiver os anticorpos contra tireóide positivos (anti-TPO e anti-tireoglobulina).
A presença de anti-TPO ou anti-tireoglobulina em um paciente com hipotireoidismo indica que a causa é a doença de Hashimoto.
Hoje, graças a identificação dos hipotireoidismos subclínicos, já somos capazes de diagnosticar a doença antes dela apresentar sinais clínicos. Uma das primeiras alterações é a elevação do colesterol, que pode preceder em anos o início do hipotireoidismo franco.
Tratamento do hipotireoidismo
Não existe cura para a doença de Hashimoto, mas felizmente já existem hormônios tireoidianos sintéticos e o tratamento da doença consiste na simples administração diária destes. A droga usada normalmente é a Levotiroxina (Puran®, Syntroid®, Letter®), que é um T4 sintético.
A Levotiroxina é administrada uma vez por dia e deve ser tomada sempre com estômago vazio (1 hora antes de comer ou 2 horas depois) . O objetivo do tratamento é manter o TSH dentro da faixa de normalidade, que varia entre 0,4 e 4,0 mU/L. Se o tratamento for bem feito, o doente permanece assintomático.
Ao contrário do que já andou sendo noticiado na imprensa, a levotiroxina não é uma substância considerada dopping, podendo ser usada em atletas quando indicado.
Leia mais: http://www.mdsaude.com/2008/11/hipotireoidismo.html#ixzz1RsIVXPK4
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